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TROVADORISMO

 

 

1.(FUVEST) Interpretando historicamente a relação de vassalagem entre homem amante/mulher amada, ou mulher amante/homem amado, pode-se afirmar que:

 

a) o Trovadorismo corresponde ao Renascimento.Pandora Vestibulares, com você em todas as fases.

b) o Trovadorismo corresponde ao movimento humanista.

c) o Trovadorismo corresponde ao Feudalismo. 

d) o Trovadorismo e o Medievalismo só poderiam ser provençais.

e) tanto o Trovadorismo como o Humanismo são expressões da decadência medieval.

 

2.(FUVEST) Sobre o Trovadorismo em Portugal, é correto afirmar que:

 

a) sua produção literária está escrita em galego ou galaico-português e divide-se em: poesia(cantigas) e prosa (novelas de cavalaria). 

b) utilizou largamente o verso decassílabo porque sua influência é clássica.

c) a produção poética daquela época pode ser dividida em lírico-amorosa e prosa doutrinária. 

d) as cantigas de amigo têm influência provençal. 

e) a prosa trovadoresca tinha claro objetivo de divertir a nobreza, por isso têm cunho satírico. 

 

3. (UNIFESP) Leia a cantiga seguinte, de Joan Garcia de Guilhade.

 

 

Un cavalo non comeu

á seis meses nen s’ergueu

mais prougu’a Deus que choveu,

creceu a erva,

e per cabo si paceu,

e já se leva!

Seu dono non lhi buscou

cevada neno ferrou:

mai-lo bon tempo tornou,

creceu a erva,

e paceu, e arriçou,

e já se leva!

Seu dono non lhi quis dar

cevada, neno ferrar;

mais, cabo dum lamaçal

creceu a erva,

e paceu, e arriç’ar,

e já se leva!

                                                                                              (CD Cantigas from the Court of Dom Dinis. harmonia mundi

usa, 1995.)

 

A leitura permite afirmar que se trata de uma cantiga de

a) escárnio, em que se critica a atitude do dono do cavalo, que dele não cuidara, mas graças ao bom tempo e à chuva, o mato cresceu e o animal pôde recuperar-se sozinho. 

b) amor, em que se mostra o amor de Deus com o cavalo que, abandonado pelo dono, comeu a erva que cresceu graças à chuva e ao bom tempo.

c) escárnio, na qual se conta a divertida história do cavalo que, graças ao bom tempo e à chuva, alimentou-se, recuperou-se e pôde, então, fugir do dono que o maltratava.

d) amigo, em que se mostra que o dono do cavalo não lhe buscou cevada nem o ferrou por causa do mau tempo e da chuva que Deus mandou, mas mesmo assim o cavalo pôde recuperar-se.

e) mal-dizer, satirizando a atitude do dono que ferrou o cavalo, mas esqueceu-se de alimentá-lo, deixando-o entregue à própria sorte para obter alimento.

 

 

4. (MACKENZIE)

 

Assinale a afirmativa correta com relação ao Trovadorismo.

a) Um dos temas mais explorados por esse estilo de época é a exaltação do amor sensual entre nobres e mulheres camponesas.

b) Desenvolveu-se especialmente no século XV e refletiu a transição da cultura teocêntrica para a cultura antropocêntrica.

c) Devido ao grande prestígio que teve durante toda a Idade Média, foi recuperado pelos poetas da Renascença, época em que alcançou níveis estéticos insuperáveis.

d) Valorizou recursos formais que tiveram não apenas a função de produzir efeito musical, como também a função de facilitar a memorização, já que as composições eram transmitidas oralmente. 

e) Tanto no plano temático como no plano expressivo, esse estilo de época absorveu a influência dos padrões estéticos greco-romanos.

 

5.(MACKENZIE/ADAPTADA)

 

Ondas do mar de Vigo,

se vistes meu amigo!

E ai Deus, se verrá cedo!

Ondas do mar levado,

se vistes meu amado!

E ai Deus, se verrá cedo!

 

           Martim Codax

Obs.: verrá = virá

levado = agitado

 

Assinale a afirmativa correta sobre o texto.

a) Nessa cantiga de amigo, o eu lírico masculino manifesta a Deus seu sofrimento amoroso.

b) Nessa cantiga de amor, o eu lírico feminino dirige-se a Deus para lamentar a morte do ser amado.

c) Nessa cantiga de amigo, o eu lírico masculino manifesta às ondas do mar sua angústia pela perda do amigo em trágico naufrágio.

d) Nessa cantiga de amor, o eu lírico masculino dirige-se às ondas do mar para expressar sua solidão.

e) Nessa cantiga de amigo, o eu lírico feminino dirige-se às ondas do mar para expressar sua ansiedade com relação à volta do amado. 

 

 

Gabarito: 1-C 2-A 3-A 4-D 5-E

 

 

 

 

 

 

AUTO DA BARCA DO INFERNO E HUMANISMO 

 

1. (FUVEST-SP) Indique a afirmação correta sobre o Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente: 

 

a)A sátira é aqui demolidora e indiscriminada, não fazendo referência a qualquer exemplo de valor positivo 

b)O moralismo vicentino localiza os vícios, não nas instituições, mas nos indivíduos que as fazem viciosas

c)É intricada a estruturação de suas cenas, que surpreendem o público com a inesperado de cada situação

d)É complexa a critica aos costumes da época, já que o autor primeiro a relativizar a distinção entre Bem e  o Mal

e)A  ênfase desta sátira recai sobre as personagens populares mais ridicularizadas e as mais severamente punidas

 

2.  Sobre o Humanismo, assinale a afirmação incorreta:


a)Teve como centro irradiador a Itália e como precursor Dante Alighieri, Boccaccio e Petrarca
b)Retorna os clássicos da Antiguidade greco-latina como modelos de Verdade, Beleza e Perfeição
c)Associa-se à noção de antropocentrismo e representou a base filosófica e cultural do Renascimento
d)Denomina-se também Pré-Renascentismo, ou Quatrocentismo, e corresponde ao século XV
e)Representa o apogeu da cultura provençal que se irradia da França para os demais países, por meio dos  trovadores e jograis

 

 

3. (FUVEST-SP) Diabo, Companheiro do Diabo, Anjo, Fidalgo, Onzeneiro, Parvo, Sapateiro, Frade, Florença, Brísida Vaz, Judeu, Corregedor, Procurador, Enforcado e Quatro Cavaleiros são personagens do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente.
Analise as informações abaixo e selecione a alternativa incorreta cujas características não descrevam adequadamente a personagem:


a)O Corregedor representa a justiça e luta pela aplicação integra e exata das leis; leva papéis e processos
b)O Frade representa o clero decadente e é subjugado por suas fraquezas: mulher e esporte; leva a amante  e as armas de esgrima
c)O Anjo, capitão da barca do céu, é quem elogia a morte pela fé; é austero e inflexível 
d)O Diabo, capitão da barca do inferno, é quem apressa o embarque dos condenados; é dissimulado e irônico
e)O Onzeneiro idolatra o dinheiro, é agiota e usurário; de tudo que juntara, nada leva para a morte, ou  melhor, leva a bolsa vazia

 

4. (FUVEST) Aponte a alternativa correta em relação a Gil Vicente:


a)Compôs peças de caráter sacro e satírico
b)Representa o melhor do teatro clássico português
c)Só escreveu peças e português
d)Escreveu a novela Amadis de Gaula
e)Introduziu a lírica trovadoresca em Portugal

 

5.  Sobre o Humanismo, identifique a alternativa falsa:


a)Rejeita a noção do homem regido por leis sobrenaturais e opõe-se ao misticismo
b)Fundamenta-se na noção bíblica de que o homem é pó e ao pó retornará, e de que só a transcendência  liberta o homem de seu insignificância terrena
c)Em sentido amplo, designa a atitude de valorização do homem, de seus atributos e realizações
d)Designa tanto uma atitude filosófica intemporal quanto um período especifico da evolução da cultura ocidental

 

 

Gabarito: 1-B 2-E 3-A 4-A 5-B

 

EXERCÍCIOS

CLASSICISMO , OS LUSÍADAS E CAMÕES

 

1. (MACKENZIE-SP) Sobre o poema Os Lusíadas, é incorreto afirmar que:


a)na Invocação, o poeta se dirige às Tágides, ninfas do rio Tejo
b)Na ilha dos Amores, após o banquete, Tétis conduz o capitão ao ponto mais alto da ilha, onde lhe  descenda a “máquina do mundo”
c)quando a ação do poema começa, as naus portuguesas estão navegando em pleno Oceano Índico,  portanto no meio da viagem
d)É composto em sonetos decassílabos, mantendo em 1.102 estrofes o mesmo esquemas de rimas
e)Tem como núcleo narrativo a viagem de Vasco da Gama, a fim de estabelecer contato marítimo com as Índias

 

2. (FUVEST-SP) Na Lírica de Camões:


a)a mulher é vista em seus aspectos físicos, despojada de espiritualidade
b)encontra-se uma fonte de inspiração de muitos poetas brasileiros do século XX
c)cantar a pátria é o centro das preocupações 
d)encontram-se sonetos, odes, sátiras e autos
e)o verso usado para a composição dos sonetos é o redondilho maior

 

3. Identifique a alternativa que não contenha ideais clássicos de arte:

 
a)Liberdade de criação e predomínio dos impulsos pessoais 
b)Formalismo e perfeccionismo
c)Universalismo e racionalismo
d)Valorização do homem (do aventureiro, do soldado, do sábio e do amante) e verossimilhança (imitação  da verdade e da natureza)
e)Obediência às regras e modelos e contenção do lirismo

 

4.Os Lusíadas - Luís de Camões -  O discurso do “Velho Restelo” está em oposição a certas concepções dominantes na sociedade portuguesa da época dos grandes descobrimentos, expressas pelo discurso que exalta a empresa navegadora posta em marcha pela Coroa Lusitana.


Qual das alternativas abaixo justifica a afirmação:
I) Esse velho, descontente com o empreendimento português de buscar do mundo novas partes, destrói ponto por ponto os ideais que levaram à epopéia das grandes navegações. Começa por desmitificar o ideal da fama, dizendo que ela nada mais é que a vontade de poder, fraude com que os poderosos atiçam as massas para fazê-las apoiar sua política expansionista.
II) “Chamam-te Fama e Glória soberana / Nomes com que se o povo néscio engana. Esse desejo de mandar só produz danos. Mostra que o projeto ultramarino será um desastre para a sociedade portuguesa, ocasionando o despovoamento e o enfraquecimento do país, já que os homens válidos estarão mortos ou em outras terras e, em Portugal, estarão os velhos, as mulheres, os órfãos.
III) Para ele, a empresa navegadora produzirá somente pobreza, adultério, desamparo. Execra ainda os chamados heróis civilizadores, aqueles que fizeram progredir a  sociedade humana, por exemplo: Prometeu, que roubou o fogo do céu e deu aos homens; Dédalo, grande arquiteto que fabricou para seu filho Ícaro umas asas, presas com cera nos ombros, com cujo auxílio pretendeu voar. Considera todo avanço técnico intrinsecamente mau, porque ocasionam a ruína de seus empreendedores. 


a)I e II
b)I, II e III
c)I e III
d)II 
e)II e III

 

5.Sobre Camões, assinale a incorreta:


a)A principal diferença entre a poesia lírica e a poesia épica é formal e manifesta-se da utilização de versos  de diferentes metros
b)As redondilhas de Camões seguem os moldes da poesia palaciana do Cancioneiro Geral de Garcia de  Resende e , mesmo na medida velha, o poeta superou seus contemporâneos e antecessores
c)A lírica na medida velha, tradicional, medieval, vale-se dos motes glosados, das redondilhas e são de  cunho galante, alegre madrigalesco 
d)Não há um texto definitivo de lírica camoniana. Atribuem-se-lhe cerca de 380 composições líricas,  destacando-se os cerca de 200 sonetos, alguns de autoria controversa
e)Camões teria reunido sua lírica sob o titulo de O Parnaso Lusitano, que se perdeu, e do qual há algumas  referências nas cartas do poetas

 

 Gabarito:1-D 2-B 3-A 4-B 5-A

 

 

 

QUINHENTISMO

 

01. (UNIV. FED. DE SANTA MARIA) Sobre a literatura produzida no primeiro século da vida colonial brasileira, é correto afirmar que:

a) É formada principalmente de poemas narrativos e textos dramáticos que visavam à catequese.

b) Inicia com Prosopopéia, de Bento Teixeira.

c) É constituída por documentos que informam acerca da terra brasileira e pela literatura jesuítica.

d) Os textos que a constituem apresentam evidente preocupação artística e pedagógica.

e) Descreve com fidelidade e sem idealizações a terra e o homem, ao relatar as condições encontradas no Novo Mundo.

 

 

02. ( UFMG ) Um dos recursos utilizados pelo padre Antônio Vieira em seus sermões consiste na “agudeza” – maneira de conduzir o pensamento que aproxima objetos e/ou idéias distantes, diferentes, por meio de um discurso artificioso, que se costuma chamar de “discurso engenhoso”.

 

Assinale a alternativa em que, no trecho transcrito do “Sermão da Sexagésima”, o autor utiliza esse recurso.

 

a) Lede as histórias eclesiásticas, e achá-las-eis todas cheias de admiráveis efeitos da pregação da palavra de Deus. Tantos pecadores convertidos, tanta mudança de vida, tanta reformação de costumes; os grandes desprezando as riquezas e vaidades do Mundo; os reis renunciando os cetros e as coroas; as mocidades e as gentilezas metendo-se pelos desertos e pelas covas [...] 

b) Miseráveis de nós, e miseráveis de nossos tempos, pois neles se veio a cumprir a profecia de S. Paulo: [...] “Virá tempo, diz S. Paulo, em que os homens não sofrerão a doutrina sã.” [...] “Mas para seu apetite terão grande número de pregadores feitos a montão e sem escolha, os quais não façam mais que adular-lhes as orelhas.” 

c) Para um homem se ver a si mesmo são necessárias três coisas: olhos, espelho e luz. [...] Que coisa é a conversão de uma alma, senão entrar um homem dentro de si e ver-se a si mesmo? Para esta vista são necessários olhos, é necessária luz e é necessário espelho. O pregador concorre com o espelho, que é a doutrina; Deus concorre com a luz, que é a graça; o homem concorre com os olhos, que é o conhecimento.

d) Quando Davi saiu a campo com o gigante, ofereceu-lhe Saul as suas armas, mas ele não as quis aceitar. Com as armas alheias ninguém pode vencer, ainda que seja Davi. As armas de Saul só servem a Saul, e as de Davi a Davi, e mais aproveita um cajado e uma funda própria, que a espada e a lança alheia.

 

03.(UFV) Leia a estrofe abaixo e faça o que se pede: 

Dos vícios já desligadosnos pajés não crendo mais,nem suas danças rituais,nem seus mágicos cuidados.

 

(ANCHIETA, José de. O auto de São Lourenço [tradução e adaptação de Walmir Ayala] Rio de Janeiro: Ediouro[s.d.]p. 110) 

 

Assinale a afirmativa verdadeira, considerando a estrofe acima, pronunciada pelos meninos índios em procissão: 

a) Os meninos índios representam o processo de aculturação em sua concretude mais visível, como produto final de todo um empreendimento do qual participaram com igual empenho a CoroaPortuguesa e a Companhia de Jesus.

b) A presença dos meninos índios representa uma síntese perfeita e acabada daquilo que se convencionou chamar de literatura informativa.

c) Os meninos índios estão afirmando os valores de sua própria cultura, ao mencionar as danças rituais e as magias praticadas pelos pajés.

d) Os meninos índios são figura alegóricas cuja construção como personagens atende a todos os requintes da dramaturgia renascentista.

e) Os meninos índios representam a revolta dos nativos contra a catequese trazida pelos jesuítas, de quem querem libertar-se tão logo seja possível.

 

04. (UFSM) Sobre a literatura produzida no primeiro século da vida colonial brasileira, é correto afirmar que:

a) É formada principalmente de poemas narrativos e textos dramáticos que visavam à catequese.

b) Inicia com Prosopopeia, de Bento Teixeira.
c) É constituída por documentos que informam acerca da terra brasileira e pela literatura jesuítica.
d) Os textos que a constituem apresentam evidente preocupação artística e pedagógica.
e) Descreve com fidelidade e sem idealizações a terra e o homem, ao relatar as condições encontradas no Novo Mundo.

 

05. A famosa “Carta de achamento do Brasil”, mais conhecida como “A carta de Pero Vaz de Caminha”, foi o primeiro manuscrito que teve como objeto a terra recém-descoberta. Nela encontramos o primeiro registro de nosso país, feito pelo escrivão do rei de Portugal, Pero Vaz de Caminha. Podemos inferir, então, a seguinte intenção dos portugueses:

 

(a) objetivavam o resgate de valores e conceitos sociais brasileiros.

(b) buscavam descobrir, através da arte, a história da terra recém-descoberta.

(c) estavam empenhados em conhecer um pouco mais sobre a arte brasileira.

(d) firmar um pacto de cordialidade com os nativos da terra descoberta.
(e) explorar a tão promissora nova terra.

 

Gabarito : 1- C 2- C 3- A 4- C 5- E

IRACEMA

 

01. (UEL) Examine as proposições a seguir e assinale a alternativa INCORRETA.

 

(A) A relevância da obra de José de Alencar no contexto romântico decorre, em grande parte, da idealização dos elementos considerados como genuinamente brasileiros, notadamente a natureza e o índio. Essa atitude impulsionou o nacionalismo nascente, por ser uma forma de reação política, social e literária contra Portugal.
(B) Ao lado de O guarani e Ubirajara, Iracema representa um mito de fundação do Brasil. Nessas obras, a descrição da natureza brasileira possui inúmeras funções, com destaque para a "cor local", isto é, o elemento particular que o escritor imprimia à literatura, acreditando contribuir para a sua nacionalização.
(C) Embora tendo sido escrito no período romântico, Iracema apresenta traços da ficção naturalista tanto na criação das personagens quanto na tematização dos problemas do país.
(D) A leitura de Iracema revela a importância do índio na literatura romântica. Entretanto, sabe-se que a presença do índio não se restringiu a esse contexto literário, tendo desembocado inclusive no Modernismo, por intermédio de escritores como Mário de Andrade e Oswald de Andrade.
(E) O contraponto poético da prosa indianista de Alencar é constituído pela lírica de Gonçalves Dias. Indiscutivelmente, em "O canto do guerreiro" e em "O canto do piaga", dentre outros poemas, o índio é apresentado de maneira idealizada, numa perpetuação da imagem heróica e sublime adequada aos ideais românticos.

 

02. (UFU-MG) Sobre Iracema, de José de Alencar, podemos dizer que:

Ache os cursos e faculdades ideais para você !

 

1) as cenas de amor carnal entre Iracema e Martim são de tal forma construídas que o leitor as percebe com vivacidade, porque tudo é narrado de forma explícita.
2) em Iracema temos o nascimento lendário do Ceará, a história de amor entre Iracema e Martim e as manifestações de ódio das tribos tabajara e potiguara.
3) Moacir é o filho nascido da união de Iracema e Martim. De maneira simbólica ele representa o homem brasileiro, fruto do índio e do branco.
4) a linguagem do romance Iracema é altamente poética, embora o texto esteja em prosa. Alencar consegue belos efeitos lingüísticos ao abusar de imagens sobre imagens, comparações sobre comparações.

Assinale:

 

(A) se apenas 2 e 4 estiverem corretas.
(B) se apenas 2 e 3 estiverem corretas.
(C) se 2, 3 e 4 estiverem corretas.
(D) se 1, 3 e 4 estiverem corretas.

 

03.(FUVEST 2009)Em um poema escrito em louvor de Iracema, Manuel Bandeira afirma que, ao compor esse livro, Alencar:

“[...] escreveu o que é mais poema Que romance, e poema menos Que um mito, melhor que Vênus.”

Segundo Bandeira, em Iracema:

 

A) Alencar parte da ficção literária em direção à narrativa mítica, dispensando referências a coordenadas e personagens históricas.

B) o caráter poemático dado ao texto predomina sobre a narrativa em prosa, sendo, por sua vez, superado pela constituição de um mito literário.

C) a mitologia tupi está para a mitologia clássica, predominante no texto, assim como a prosa está para a poesia.

D) ao fundir romance e poema, Alencar, involuntariamente, produziu uma lenda do Ceará, superior à mitologia clássica.

E) estabelece-se uma hierarquia de gêneros literários, na qual o termo superior, ou dominante, é a prosa romanesca, e o termo inferior, o mito.

 

04.(UNICAMP) O trecho abaixo foi extraído de Iracema. Ele reproduz a reação e as últimas palavras de Batuiretê antes de morrer:

O velho soabriu as pesadas pálpebras, e passou do neto ao estrangeiro um olhar baço. Depois o peito arquejou e os lábios murmuraram:
– Tupã quis que estes olhos vissem antes de se apagarem, o gavião branco junto da narceja.
O abaeté derrubou a fronte aos peitos, e não falou mais, nem mais se moveu.
(José de Alencar, Iracema: lenda do Ceará. Rio de Janeiro: MEC/INL, 1965, p. 171-172.)

A) Quem é Batuiretê?

B) Identifique os personagens a quem ele se dirige e indique os papéis que desempenham no romance.

C) Explique o sentido da metáfora empregada por Batuiretê em sua fala.

 

05.(UFSC 2011)A partir da leitura do romance Iracema, e considerando o contexto do Romantismo brasileiro, assinale a(s) proposição(ões)CORRETA(S).

 

1) Ao seduzir e possuir Iracema, Martim está consciente dos seus atos, e isso constitui traição tanto aos seus valores cristãos quanto à hospitalidade de Araquém. Quebra-se aqui, portanto, uma importante característica do Romantismo, a idealização do herói, que jamais comete ações vis.

2) Em Iracema, os elementos humanos e naturais não se mesclam. Nas descrições que faz de Iracema, por exemplo, Alencar evita compará-la a seres da natureza, pois isso seria contrário ao princípio romântico de valorização de uma natureza pura, não contaminada pela presença humana.

4) A adjetivação abundante (“ardente chama”; “intenso fogo”; “tépido ninho”; “vivos rubores”) é uma importante característica da prosa romântica, que será mais tarde evitada por escritores realistas.

8) Ao entregar-se a Martim, Iracema deixa de ser virgem e, portanto, não poderia mais ser a guardiã do segredo da jurema; ainda assim continua a sê-lo, só deixando de preparar e servir a bebida quando Caubi descobre sua gravidez e a expulsa da tribo.

16) Entre as várias manifestações do nacionalismo romântico presentes em Iracema, está o desejo de mostrar o povo brasileiro como híbrido, constituído pela fusão das raças negra, indígena e branca.

32) Além de indianista, Iracema é também um romance histórico; serve assim duplamente ao projeto nacionalista da literatura romântica brasileira.

 

Gabarito: 1- 2- 3- 5- 4 e 32

4- A) Batuiretê é avô de Poti e Jacaúna. Foi guerreiro valente e chefe dos pitiguaras; depois de velho passou o poder da tribo para seu filho Jatobá, pai de Poti. Viveu sua velhice retirado e solitário nas matas.

B) Batuiretê dirige-se ao neto Poti, nobre guerreiro pitiguara, companheiro e amigo de Martim, que mais tarde foi batizado católico com o nome de Antônio Felipe Camarão. O primeiro nome se refere a Santo Antônio, pois ganhou o nome cristão no dia do santo. O segundo nome significa o poder real (domínio espanhol), e o último, a tradução de Poti para o português. Dirige-se também ao estrangeiro Martim Soares Moreno, guerreiro e colonizador português aliado dos pitiguaras e objeto da paixão de Iracema, com quem teve um filho, Moacir, símbolo da união das raças.

c) Batuiretê chama Martim de gavião branco e Poti de narceja (uma pequena ave), profetizando nesse paralelo a destruição total ou parcial da raça nativa pelos brancos.

 

 

 

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